A Rocinha, a Polícia e os Consumidores

A ação exitosa, que culminou com a prisão do traficante Antonio Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, numa integração elogiável e esperada há muito entre a Polícia Federal, a Polícia Civil e a Polícia Militar no Estado do Rio de Janeiro nos indica a possibilidade de chegarmos à vitória contra o tráfico de drogas.

Os que há tempos desistiram de apoiar a luta contra as drogas e, ao longo de anos buscaram uma trégua interessada com o tráfico, através da promoção social de traficantes e do empenho na legalização das drogas foram, com esta operação policial, definitivamente, os grandes e verdadeiros derrotados.

Muitos "articuladores" da paz os quais se manifestavam de forma constante contra o confronto direto com traficantes em áreas tomadas por facções criminosas devem ter percebido, que o mesmo é inevitável, mas que a forma de operar depende de cada situação. Certamente, não se pode promover ações de confronto com emprego de grande efetivo e envergadura policial em comunidades sem se ter a atenção e o cuidado primordial com a população civil.

Outro ponto a salientar é que a banda podre da polícia sempre atuava na proteção dos bandidos e, em última instância, era este grupo de traidores da sociedade, que informava e, eventualmente, protegia e escoltava os traficantes em seus deslocamentos. Alguns, inclusive, chegaram a transportar armas e drogas entre as comunidades. Estas afirmações ficaram irrefutáveis com a prisão de "policiais" neste episódio e com o depoimento na Polícia Federal do traficante Nem apontando que "policiais" eram sócios em suas operações de venda de drogas.

Porém, esta situação não acaba, apenas, com a prisão e eventual condenação pela Justiça deste conjunto de marginais. O que a sociedade do Rio de Janeiro precisa saber e os meios de comunicação têm a obrigação de informar é que esses traficantes e agentes públicos corruptos são financiados pelos consumidores de drogas.

Os consumidores de drogas, além de destruírem as suas próprias vidas e de seus familiares são os grandes promotores dessa cadeia de crimes contra a vida praticados com alto grau de crueldade pelos traficantes e são, também, responsáveis pelo baixo nível de transformação social das comunidades carentes.

Este quadro agora ficou para muitos, ainda mais claro.

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