Conjuntura Política Brasileira

Existiu um tempo em que eram nas sombras ou nos subterrâneos que as trapaças e os arranjos imorais eram feitos contra os interesses do povo e da Nação Brasileira. Hoje, o fazem à luz da bela manhã e no melhor cinismo tropical.

O crime é a olhos vistos! Vidas estéreis prestando serviços inúteis ganharam o cenário público nacional.
Parte da sociedade brasileira reconhece este quadro de moral falimentar, assiste perplexa uma série de notícias estarrecedoras, mas permanece inerte por não ter uma opção política disponível, que conjugue fundamentos e valores, ideias e ideais para enfrentar a desonestidade e a impostura dos agentes públicos e políticos.

Relembro alguns casos:

O Mensalão, que foi a compra de apoio parlamentar no Congresso Nacional para a construção de uma base política estável e domesticada para uso do Poder Executivo Federal. Foi o caso mais grave da história recente do país. Foi pior que o processo de impeachment do Collor. O Mensalão foi um crime contra o livre exercício do Poder Legislativo. Fere de morte regime democrático.

No Ministério dos Transportes, no caso específico do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, o famoso DNIT, o desvio no mínimo foi de R$ 1,5 bilhão.

A CPMI do Cachoeira foi um verdadeiro palco explicito do cinismo político contemporâneo. A Comissão mista de investigação (Senado e Câmara), controlada pelo PT e pelo PMDB, cumpriu o triste papel de liquidar de vez com a reputação do Congresso Nacional. Diante de tantas evidências de desvios de recursos públicos e relações de políticos com o crime organizado, que atingiram diversos partidos, inclusive os de oposição, tudo foi feito para proteger as figuras centrais dos partidos. (Os governadores Marconi Perillo - PSDB, Agnelo Queiróz – PT e Sérgio Cabral – PMDB).

Outro ponto importante e não menor aos já citados são as tentativas levianas do governo de empreender reformas de cunho moral e familiar através de Lei e provocações de interpretações junto ao Supremo Tribunal Federal. Essas tentativas recorrentes colidem com a cultura e a formação Cristã dos brasileiros.

O Estado governado pelo PT quer impor à sociedade brasileira o aborto, a união civil de homossexuais, a liberação das drogas e a legalização da prostituição.

Matérias como essas respondem a uma ordem natural expressa e reconhecida na dimensão divino-transcendente das pessoas. Jamais podem ser alteradas por uma simples vontade de maiorias ocasionais ou pela manifestação de minorias estridentes bem articuladas na mídia e bem financiadas.

É urgente investirmos numa ação de reedificação de valores e conjuntamente numa reforma da administração pública, política e técnica, que responda a própria razão da existência do Estado.
Prova disto são os pífios desempenhos setoriais das políticas públicas nas áreas de educação, saúde, transportes, habitação e segurança pública nestes últimos 12 anos.

A reforma a que me refiro deve associar competência e esperança, que no modelo atual se antagonizam. Isto pelo fato evidente da classe política atuar de forma permanente no campo do interesse e do âmbito
particular.

A competência na administração pública necessariamente não significa frieza e insensibilidade condenando milhões à pobreza, antes, porém, deveriam refletir a capacidade de sentir e perceber, que o interesse válido é o do bem estar da população e de cada pessoa, sujeito primeiro e último das ações dos gestores públicos.

Texto do Programa Opinião Católica do dia 22 de maio de 2013.

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