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Mostrando postagens de agosto, 2013

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Médicos de Cuba, Lavagem de Dinheiro e Evasão de Divisas

É preciso dizer que o cinismo no Brasil está disseminado no ambiente público. O episódio de contratação de médicos cubanos pelo Ministério da Saúde, através de convênio com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) é o ápice. Além de toda a polêmica quanto à qualificação destes ditos médicos, acrescentam-se, agora, ingredientes que assemelham tal medida aos crimes de lavagem de dinheiro e de evasão de divisas. Explico. Quanto à qualificação destes quatro mil profissionais há sérias dúvidas apresentadas pelos Conselhos de medicina, que regulam o exercício profissional. Estes ditos médicos não passarão pelo REVALIDA um exame obrigatório que atesta o conhecimento do profissional e valida o diploma obtido no exterior. Lembro, ainda, com base em dados oficiais, que médicos cubanos que tentaram a revalidação do diploma no Brasil mais de 95% foram reprovados. Repito: mais de 95% reprovados! Outro ponto também relevante é o obscuro teor do convênio com a Organização Pan-

A Contribuição do Ensino Religioso para a Reforma da Educação Pública

Ouvimos permanentemente a tentativa de diversos governos buscarem uma excelência no campo da educação básica. Projetos e programas são apresentados, recursos são empenhados, porém, os resultados são pouco estimulantes. A educação considera pontos que, em geral, os governos desprezam ou pouco dão valor. Destaco três para conseguir concluir este programa: o ambiente natural da pessoa, que é a família, a dimensão da pessoa e vocação de liberdade. Os modelos educacionais vigentes na área pública desconsideram a importância e a integração da família com a escola. Parece que as crianças pertencem ao Estado e de acordo com a ideologia estatal às vezes compartilhada com uma classe sindical de professores, apresentam aos nossos filhos conteúdos selecionados e escolhidos por estes tutores da educação pública. A educação vista como o extrair, o buscar de dentro o melhor da pessoa, ajudando-a a crescer no campo do conhecimento e de valores está fora desta realidade da educação propost

Indignação Expressada

Já comentamos em outros programas a responsabilidade do Supremo Tribunal Federal no desfecho firme, segundo os ditames da lei, da Ação Penal 470 conhecida como “Mensalão”. Há pressões principalmente políticas sobre o Supremo Tribunal Federal feitas através de simples recados, como por exemplo, em declarações veiculadas na imprensa ou por outros meios mais velados. A situação sempre foi tensa neste julgamento, pois sem sombra de dúvida é o maior escândalo recente da República. Quem divergir disto está minimizando o já provado objetivo do ”mensalão”: o de constituir, via compra com dinheiro público, para o Poder Executivo, de uma majoritária base parlamentar no Poder Legislativo. O crime do “mensalão” foi justamente a interferência na independência do Poder Legislativo feita pelo Poder Executivo e provada na Ação Penal 470 cuja trama e orquestração se desenvolveu em Gabinete vizinho ao do presidente Lula, que sempre negou conhecer qualquer coisa. E, ainda, foi além, disse qu

A Responsabilidade com o Brasil

O Brasil sem qualquer sombra de dúvida vive um dos momentos mais tensos da história recente. A crise atinge a classe política em sentido amplo, a economia, a confiabilidade nos gestores públicos, a saúde, a educação, o transporte e a segurança. Respostas aguardadas das autoridades públicas para esta crise são há tempos esperadas e, com as manifestações das ruas gerando o agravamento da tensão social, estas respostas se tornaram inadiáveis. Outra questão importantíssima é a finalização da Ação Penal 470, popularmente conhecida como Mensalão. A resposta do Supremo Tribunal Federal não pode ser percebida pela população como mais uma tentativa frustrada de se obter justiça. A população espera, enfatizo, por questão de justiça, desejo permanentemente no íntimo dos corações dos brasileiros, que criminosos de alta plumagem, notadamente políticos, encontrem punição e punição justa. A responsabilidade do Supremo Tribunal Federal é enorme e histórica! A decisão punitiva exem

Grupos Pró-Vida e o PLC 03/2013

Após a aprovação pela Câmara Federal e pelo Senado, em votação simbólica, isto é, por acordo de lideranças, fazendo com que o PLC 03/2013 possa ser declarado como aprovado por unanimidade nas duas Casas e a sua sanção pela presidente Dilma Rousseff, devemos fazer uma avaliação sobre as representações pró-vida no Congresso Nacional. O que falhou? Entre várias razões que podemos elencar duas ficaram para mim evidentes: a falta de consenso sobre as implicações do texto e a outra a falta de clareza na estratégia política de ação. Há grupos pró-vida formalmente constituídos com CNPJ que acham que representam os católicos e se manifestam como tal nos ambientes políticos. Porém, não é assim! Os católicos se sentem representados pelo o que está sendo defendido com respaldo no Magistério da Igreja Católica, portanto, na pura doutrina. Não adianta fundar um grupo, chamar de pró-vida e achar que os católicos devem se submeter às decisões tomadas por estes dirigentes. Essa vincula

O Uso dos Pobres e da Pobreza

Não é de hoje que se usa a pobreza para fins de projeção e conquista do poder político. É um tema delicado que devemos abordar com cuidado, pois críticos em permanente plantão, notadamente os da esquerda, que abrigam e operam seus interesses sob o manto protetor do Estado provedor e assistencialista e que são por este sistema financiados, usarão da desonestidade habitual para, com argumentos emocionais de baixa categoria, distorcerem este comentário. A mim, friso, me toca bastante o fato de a Constituição Cristã defender a liberdade por princípio e a autodeterminação da pessoa como expressão desta liberdade. Não há, portanto, a defesa de uma sujeição da natureza humana a um determinismo catastrófico e nem a um enquadramento adestrado a modelos e sistemas. O grande erro na observação e julgamento dos esquerdistas é exatamente a dificuldade de incorporar a suas análises, a impossível dimensão, para eles, da transcendência da vida humana. Por essa razão, entre outras, que o s

Dia dos Pais: Vocação Matrimonial e Familiar

Em meio a tantas confusões sobre os papéis reservados ao homem e a mulher pensei um pouco sobre isto na comemoração dominical reservada ao Dia dos Pais. Ocorreu-me de saída uma questão importante, porém, bastante desprezada em nosso tempo: o de assumir um real papel de pai com a sua responsabilidade equivalente. Hoje parece distante e estranho, que um papel como o de ser pai, possa levar ao encontro do que é natural e este encontro possa trazer o real sentido da existência e da vocação do homem. Pois, ser pai não é um ato banal da carne, nem está circunscrito a uma mera capacidade do organismo em procriar. Nos tempos de hoje afastou-se da condição de ser pai o mais belo: a identidade com o próprio Deus, que nos chamou, por amor, a esta especialíssima vocação de sermos partícipes da criação. Pensar, apesar de toda a limitação que temos, em Deus como família, Pai, Filho e Espírito Santo, pessoas que vivem em comunhão, nos dá outros ensinamentos. Quero, no entanto, fixar

Novamente a Dívida dos Países Africanos

Com as manifestações das ruas a pedir por melhores condições de saúde, de educação e por uma administração pública austera, a presidente Dilma Rousseff segue justamente o caminho inverso. Já tratei do assunto da dívida dos países africanos com o Brasil em outro programa, mas retorno ao tema em função de nova medida do Poder Executivo de encaminhar ao Senado da República Projeto de Resolução no qual concede o perdão de dívidas dos países que cito: Zâmbia, Tanzânia, Costa do Marfim e República Democrática do Congo. Não se pode confundir esta medida do governo Dilma Roussef com política de Relações Exteriores onde, no complexo jogo estratégico de ações, benefícios financeiros e comerciais podem gerar resultados positivos no médio e no longo prazo para o país. Esta medida pretendida pelo executivo federal nada tem de relevante no campo estratégico para o Brasil. Trata-se, como antes já me referir, de tornar o Brasil um mero agente comercial de interesses privados de empreiteir

Fé e Política

Por que muita gente se assusta quando alguém com formação e prática religiosa católica atua coerentemente no ambiente político? É natural que se espere de um católico uma atuação vinculada aos princípios de sua formação de fé. Rejeitar a doutrina católica é como que uma amputação de um membro do corpo. Independentemente de qual membro seja amputado a função integrada do corpo fica prejudicada. Não quero tratar aqui de anatomia ou de compensações eventuais da perda de membros, mas sirvo-me dessa metáfora para simplificar a comunicação e, portanto, possibilitar o entendimento. A política é parte do arranjo do corpo social. A ação humana, através da política, busca construir um ambiente onde se torne possível o melhor equilíbrio das forças dinâmicas que interagem na sociedade. O católico na política tem o papel de, com sua formação e vigor de fé, responder às importantes demandas socioeconômicas esperadas pelas famílias, bem como, atuar no confronto de ideias que reduzem a nature

O PT, o Aborto e a Sanção por Dilma Rousseff do PLC 03/2013

Como já era esperado a presidente Dilma Rousseff sancionou na íntegra o PLC 03/2013 que trata na visão dos promotores do aborto, da violência sexual. A sanção dessa lei era uma demanda de grupos feministas e de outros grupos pró-aborto. A presidente Dilma Rousseff usou a mesma mão que cumprimentou o Papa Francisco para, logo após a saída do Sumo Pontífice, negar o cumprimento ao significado da presença do “embaixador prisioneiro” do Evangelho de Jesus no Brasil durante a Jornada Mundial da Juventude. Quanta hipocrisia! Na lei sancionada está detalhado o que na ementa se exibe resumidamente como “atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual". É claro que nenhum de nós pode ser indiferente ou insensível a dor de alguém que sofra uma violência sexual, contudo, não se pode também admitir que se crie uma medida legal para que, de forma transversa, sirva de apoio à prática do aborto. Embora o Partido dos Trabalhadores – PT desde semp

O Papa, o aborto, a união homossexual e os católicos na política

Com certa irritação assisto uma série de pessoas a criticar aberta e veladamente o Papa Francisco por não ter ele se pronunciado no Brasil mais incisivamente sobre o aborto e a união homossexual. Essas críticas são infundadas, absurdas e, sobretudo, injustas! Vamos analisar isto com toda a prudência. Inicio perguntando por ser fundamental esta questão: por acaso do Papa Francisco votou na Dilma Rousseff para presidente, nos deputados que nos representam na Câmara Federal, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro ou mesmo nos senadores de nosso estado? A resposta óbvia é não! Então, como cobrar a alguém que não participa em nada na escolha política e transferir para ele uma responsabilidade, que, de fato, cabe a nós? Desculpem-me, mas não é de hoje que parte significativa dos católicos na hora do voto menosprezam temas relevantes como aborto, união homossexual, drogas e o ensino religioso nas escolas públicas. A consequência esta aí. Parte significativa

Jovens e Família

O Papa Francisco ao se referir aos avós e o papel destes na formação da juventude reafirma a histórica defesa da Igreja Católica quanto à preservação da família natural. Em certo momento pergunta de forma corajosa publicamente se há crise no matrimônio entendido como instituição e, os jovens com todos os demais formando um oceano de mais de três milhões de pessoas na praia de Copacabana, respondem com um sonoro não. Ao tratar com delicadeza especial os avós o Papa ratifica a tradição familiar. Lembra a contínua e permanente ligação entre as gerações. Sutilmente, fala aos jovens da importantíssima contribuição dos avós para a formação da sociedade. Nega que o vigor temporal esteja só no presente. E, dessa forma, constrói uma sólida ponte entre o passado e o futuro. O Papa destaca que estas duas fases da existência humana encontram, no tempo de hoje, fragilidades inaceitáveis. Aponta com ênfase que o cuidado tanto dispensado às crianças quanto aos idosos, extremos da cronologia

O Papa Francisco e a Questão das Drogas

O Papa Francisco entre tantos lugares especiais que percorreu nesta Jornada Mundial da Juventude passou por um lugar que ele mesmo designou como “Santuário de Sofrimento Humano”, o Hospital São Francisco de Assis. Esse hospital localizado no bairro da Tijuca no Rio de Janeiro estava inaugurando, no período da Jornada Mundial da Juventude uma ala para o atendimento e o tratamento de dependentes químicos. Esta ação seria uma de outras tantas que se somaria ao que foi intitulado legado da JMJ 2013. O Papa com a expressão facial sempre otimista e esperançosa exortou àqueles que ainda não tiveram a coragem de agir como muitos que já buscaram ajuda para tratamento, que o façam, pois encontrarão a mão estendida. O Papa foi incisivo ao criticar os mercadores, semeadores da dor e da morte, os traficantes. E, opondo-se frontalmente as teses difundidas por autoridades políticas da América Latina, que enxergam na liberação das drogas uma possibilidade de paz no ambiente social, dispar

O Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude

O Papa Francisco veio ao Brasil e, particularmente, à cidade do Rio de Janeiro para a Jornada Mundial da Juventude, para indicar um caminho para a restauração espiritual e, consequentemente, do triste ambiente social brasileiro. O Papa Francisco afirmou o caráter pastoral de sua visita na cerimônia, em que foi recepcionado por autoridades públicas, não permitindo uma possível manipulação política de suas palavras. Disse, como Pedro, naquela ocasião: não trago nem ouro nem prata, mas trago o que há de mais preciso em meu coração, o Senhor Jesus Cristo. Repito, foi uma visita pastoral, que com a linguagem universal da Igreja Católica, perita em humanidade, essa característica ganha potência e abrangência indo ao encontro do coração não só dos fiéis católicos, mas das demais pessoas de boa vontade. O Papa é portador da esperança que não decepciona. O próprio Cristo! Em comunicação simples e direta o sucessor de Pedro reafirmou valores fundamentais esquecidos ou adormecido

O Governo do PT, o Estado Brasileiro e as Parcerias Estranhas

Já alertamos aqui em outro momento da ação danosa do governo federal de propor ao Senado da República o perdão de dívidas de países africanos com o Tesouro Nacional. Contudo, isto era apenas uma possibilidade, pois só se concretizaria se houvesse a aprovação do Senado. Acontece, que na semana passada o Senado da República aprovou uma medida apresentada pela presidente Dilma Rousseff que beneficia o Congo com um perdão de aproximadamente 353 milhões de dólares. Estimado irmão, você ouviu certo: 353 milhões de dólares! O objetivo desta infeliz medida é propiciar que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, possa financiar atividade de empresas brasileiras no Congo. Entenderam? Vamos financiar a custo do nosso duro suor honesto, que irriga os cofres públicos, operações de interesse privado de empresas brasileiras em solo de ditadores aonde, qualquer instituição financeira que opera no mercado internacional, inclusive brasileira, jamais aportaria um

Os Sinais Perigosos da Economia Brasileira

A economia brasileira dá sinais de desaceleração. A previsão de crescimento para este ano sofreu nova indicação de queda e tanto analistas independentes quanto instituições do mercado financeiro apontam para um PIB por volta de 2%. A questão central hoje da economia brasileira é a volta da inflação. Nenhuma medida do governo federal conseguiu fazer com que a tendência de alta da antiga inimiga dos trabalhadores em geral pudesse se manter na meta estabelecida para 2013. Hoje anualizada a inflação se aproxima velozmente de 7%. O drama é este! Mesmo com baixo crescimento seria possível uma estabilização e a manutenção de uma ordem econômica saudável. Porém, o descontrole inflacionário desarruma a economia, desgasta a relação com investidores brasileiros e internacionais e deságua, entre outras coisas, no desemprego. Atento a esse quadro degenerativo da economia o Banco Central pela terceira vez seguida elevou a taxa de juros básica da economia para 8,5% mantendo o viés de